QUE BAFO!
Desagradável e constrangedor, o mau hálito é um dos problemas fisiológicos mais receados por homens e mulheres. Felizmente, hábitos simples do dia a dia e tratamentos especializados podem acabarde uma vez com esse mal.
Um assunto delicado, quase um tabu nas relações pessoais e profissionais, o mau hálito deve ser encarado de frente e eliminado. De acordo com a Associação Brasileira de Halitose, no Brasil, cerca de 30% da população sofre com este problema. Nada menos do que 50 milhões de pessoas!
A halitose não é uma doença, mas é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser feito correto diagnóstico e tratamento.
O que muita gente não sabe é que a maior parte dos problemas que causam o mau hálito não está no estômago, mas sim na boca! A causa número um são as bactérias, que sempre habitam essa parte do nosso corpo. O problema é quando existe um nível alto da presença desses microrganismos. Existem entre 500 a 1.000 tipos de bactérias, que ficam em locais como a língua e gengivas, se desenvolvem e se multiplicam, causando mau odor.
O uso inadequado do fio dental e a não limpeza da língua resultam em uma higiene oral incompleta. Quando a higiene bucal não é feita da forma ade- quada, restos de comida ficam presos entre os dentes, gengivas e atrás da língua, causando diversas complicações. Conheça as mais comuns:
É uma placa bacteriana esbranquiçada ou amarelada localizada no dorso posterior (fundo) da língua, que se forma basicamente quando estamos frente a uma diminuição da produção de saliva ou de uma descamação epitelial. Uma das principais causas do mau hálito.
São como “massinhas” que se formam em pequenas cavidades existentes nas amígdalas. Formam uma massa viscosa e seu nome deriva do latim “caseum”, que significa queijo, assemelhando-se assim a uma pequena “bolinha de queijo”
com um odor extremamente desagradável.
O desenvolvimento de placas e tártaro em torno das gengivas
e dentes acabam irritando e inflamando as gengivas, o que chamamos de gengivite. A limpeza regular em consultório odontológico pode tratar o problema e até eliminar o mau hálito.
Com a mistura de bactérias e o acúmulo de sobras nos dentes, levando à produção de placas e tártaro, a gengiva pode ficar tão inflamada que os dentes começam a se afastar e a bactéria pode se espalhar ainda mais e até danificar a estrutura do dente, causando a cárie.
Doença periodontal, também conhecida como periodontite, é uma infla- mação que passa da gengiva para os ligamentos e o osso que dão suporte aos dentes. A perda de suporte faz com que os dentes fiquem soltos e acabem caindo. Quando o odor bacteriano é causado por esse problema, é difícil eliminá-lo sem a ajuda de um tratamento dentário profissional.
Além dos aspectos físicos, o mau hálito é um mal que atinge tam- bém o psicológico, a vida social e até profissional do indivíduo. Insegurança ao falar próximo de alguém, medo de afastar as pessoas ou passar por constran- gimento. Esses são problemas que levam a dificuldades de re- lacionamento e estresse.
Alguns dos impactos socioemo- cionais mais comuns decorren- tes desse problema são depres- são, dificuldade em estabelecer relações amorosas e afetivas, resistência ao sorriso, ansiedade, baixo desempenho profissional e / ou estudantil, queda da au- toestima, entre outros fatores comprometedores.
01 - Cheire seu fio dental – se cheira mal é porque existe um alto nível de bactérias em sua boca.
02 - Lamba o dorso da mão – o cheiro da saliva é um reflexo direto do odor do seu hálito. Se você o considera desagradável, seu hálito provavelmente também é.
03 - Limpe sua língua com um pano – se o pano fi- cou com uma cor ama- relada ou tem odor, você provavelmente tem mau hálito.
04 - Sopre em um saco de papel – feche o saco por alguns segundos e depois cheire dentro dele. Se sentir um odor desagra- dável, você possui mau hálito.
Alguns cheiros emitidos pela boca podem sinalizar que alguma coisa não está bem no nosso organismo.
Se seu hálito cheira como amônia, pode significar que existe algum problema com seu fígado; se lembra chei- ro de peixe ou urina, pode representar insuficiência re- nal; já se o hálito tem odor fecal, pode ser indicação de problemas no intestino.
Muita gente se sente acanhada de procurar ajuda para combater a halitose. Mas o acompanhamento de um profissional pode ser determinante na sua cura. Algumas dicas também podem ajudar, e muito, a evitar ou amenizar o problema. Confira!
Realizar pequenas refeições a cada 3 horas, pois jejum prolongado não cai bem;
• Evitar alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (muito salgados, quentes ou condimentados);
• Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor carregado ou con- tendo enxofre em sua composição (alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis...), gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refri- gerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados), dentre outros;
• Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos;
• Ingerir bastante líquido, com preferência para água (média de 2 litros/ dia);
• Realizar adequada higiene bucal (escovar os dentes após as refeições, incluindo limpeza da língua e usar fio dental diariamente);
• Visitar o dentista semestralmente, prevenindo assim problemas dentá- rios e gengivais;
• Realizar exames de saúde geral (check-up) anualmente;
• Reduzir o estresse.