O verão acabou, mas nem por isso os cuidados com a proteção da pele devem ser minimizados, afinal muito mais importante que o bronze é a saúde da pele. Por mais óbvios que sejam os cuidados, o número de casos de câncer de pele ainda é crescente. É importante seguir à risca as medidas que devem ser tomadas para prevenir o seu aparecimento, mas caso isso ocorra, sendo detectado no início, ele é completamente curável.

Não é segredo que o sol é o principal fator de risco, e ele é cumulativo. Por isso é muito importante a proteção durante a infância e adolescência, período em que ficamos mais expostos. Na vida adulta geralmente estamos mais protegidos trabalhando em locais fechados, porém pessoas que trabalham, fazem esporte ou lazer ao ar livre devem ficar mais atentos. Os raios ultravioleta B são os mais relacionados ao câncer de pele e eles são mais incidentes entre as 10 e 16h. Evite esses horários. A queimadura solar é um importante fator de risco e ela se mostra  pela vermelhidão, descamação ou bolhas. Sempre que houver uma exposição direta ao sol como na praia ou piscina, procure usar roupas e acessórios com proteção UV, reaplicar o protetor a cada duas horas e ficar na sombra nos horários de pico. Cada pele tem um limiar para a queimadura solar, portanto, fique atento! A genética também é importante. Pessoas com muitas pintas no corpo ou história de câncer de pele na família devem ter um acompanhamento dermatológico mais de perto.

Existem dois tipos de câncer de pele. É importante estar informado para poder ficar atento aos sintomas e saber como agir diante deles. O primeiro são os carcinomas que são os mais comuns e muito relacionados à exposição solar. Eles têm em geral um crescimento lento, respondem bem aos tratamentos e têm um bom prognóstico. São dois subtipos principais: o basocelular, que é o mais comum de toda a medicina, e o carcinoma espinocelular que aparece na pele em forma de feridas que não cicatrizam, lesões ásperas e avermelhadas especialmente em áreas expostas como rosto, colo, dorso e braços.

O segundo é o melanoma que é menos comum, porém mais agressivo por ter uma grande capacidade de invadir orgãos e corrente sanguínea. Tem relação com a genética e a exposição solar. Aparecem na pele como pintas, e os sinais de alerta são: assimetria, bordas irregulares, cores múltiplas (tons de castanho, preto, vermelho, azulado, branco), diâmetro maior que 0,5cm e em crescimento. A sua detecção precoce é importantíssima para uma boa resposta aos tratamentos e cura.

Um autoexame e a procura ao médico imediatamente são essenciais quando detectado um sinal de alerta. O check up anual não pode ser deixado de lado. Se olhe, se toque e vá ao dermatologista. Contudo, a palavra de ordem é “prevenção”!