IT'S COOL!
Cool hunting? O que é e de que forma influencia o nosso modo de consumir e ver o mundo?
Captar o “espírito do tempo”, através de uma metodologia de observação em 360 graus. Essa é a principal missão do profissional de cool hunting, que antecipa tendências sobre comportamentos, moda, design, arte, tecnologia e tudo mais que envolve a vida contemporânea! Por meio desse método de pesquisa que busca radiografar a alma de seu tempo, o cool hunter gera insights utilizados por empresas e organizações, a fim de orientar diversas estratégias de mercado. E nós somos o início, o meio e o fim dessa jornada!
“O cool hunter busca captar o imaginário coletivo, percebendo tendências e lacunas de mercado, que podem ajudar diversos tipos de organizações a tomarem decisões que vão desde o reposicionamento de uma marca até a criação de novas categorias de produtos, por exemplo”, afirma a cool hunter Sabina Deweik. Referência mundial em pesquisas de Tendências e Consumo, Sabina Deweik é precursora do
cool hunting no Brasil e atua através de uma consultoria própria em empresas nacionais e internacionais, além de representar a empresa italiana Nextatlas e coordenar o curso de Cool Hunting na Escola São Paulo.
Inspiração nas ruas
Buscando os nossos anseios mais incipientes, o cool hunter traduz o que nós expressamos no dia a dia, provocando a geração de produtos e ideias que nós mesmos iremos consumir. Esse tipo de profissional observa as necessidades e tendências, traduzindo para o mercado essas demandas, muitas vezes em potencial, e o mercado responde com ideias novas. “Cria-se um ciclo com o consumidor, que hoje é protagonista desse processo”, declara Deweik.
A especialista explica que, há um tempo, as elites é que ditavam o que era de bom tom, o que era bonito e elegante, e as camadas sociais menos abastadas acompanhavam esses conceitos. Mas as coisas mudaram! Hoje, muitas grifes vão buscar inspiração nas ruas, até mesmo nos grafites... “Antes, acontecia o movimento que chamamos de elevador, era vertical. Atualmente, temos o movimento metrô, o consumidor passa por várias estações, transita horizontalmente”, destaca.
Brazil’s style
A realidade brasileira também é inspiração para empresas e até outros países. Os conceitos de sustentabilidade, alegria e humanidade são elementos exportados. “O Brasil está alinhado com o coletivo, com o imaginário mundial. Nosso país possui um paradigma mais humano, que é o que tem prevalecido nessa era da experiência, do sensorial, da intensidade. Os olhos do mundo estão mais voltados para nós”, declara Deweik.
De acordo com a especialista, os Estados Unidos, por exemplo, têm mudado nos últimos anos, há um tempo, eram mais voltados para a imagem. O Brasil, ainda misturaria paradigmas do passado e do futuro. “A classe média, por exemplo, ainda tem o carro como ícone de status. Na Europa, isso já mudou bastante”, completa.
Ver e enxergar!
E para quem se interessou pela profissão, no dia a dia, a prática do profissional de cool hunting é observar, observar e observar! A partir dessa observação mais apurada, não apenas vendo, mas enxergando com um novo olhar, é que ele poderá interpretar o que está sendo expressado, sobretudo no cotidiano, e gerar os insights que servirão de ferramentas para as empresas. Um cool hunter é cool hunter 24 horas por dia e sempre. É mais que uma profissão, é um estilo de vida! Para ser um cool hunter, é necessário, acima de tudo, ter repertório e bagagem. Portanto, olhos para ver e malas prontas para embarcar nessa viagem!
Conhecida por muitos como o "mal do século", a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) é um dos...
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