MINDFULNESS
Conheça essa prática de estado de espírito baseada na "ATENÇÃO PLENA" voltada para o que acontece no presente
Originado nas tradições milenares budistas, o Mindfulness é um estado específico da consciência que dirige a atenção para o que está acontecendo no presente, sem se apegar ao passado nem projetar o futuro. É uma “meditação” que visa a observação do momento de uma forma livre, sem julgamentos e reações e que traz clareza de pensamento, compaixão e abertura do coração, elevando a sensação de estar em paz consigo mesmo.
A prática da atenção plena pode parecer simples, mas não é necessariamente fácil porque os hábitos mentais e as reações automáticas constantemente desviam do aqui e agora. Principalmente no mundo de hoje, onde a urgência leva a uma aceleração considerável no modo de vida, com a evolução das tecnologias de comunicação, redes sociais e saturação de informações a cada minuto, onde tudo é imediato. Essa aceleração pode dar um impulso de agir “com emergência” em uma situação que não precisa ser imediata, dificultando a consciência de distinguir o que é urgente e o que é importante. Essa falha pode acarretar o risco de um aumento de estresse provocando uma imensa falta de significado e perda de contato com o sistema de valores. O minfulness permite mudar e diminuir a “velocidade mental” para estar mais próximo das verdadeiras necessidades básicas e do que é realmente essencial na vida.
MINDFULNESS E PSICOTERAPIA
Esse processo de auto-regulação da atenção está cada vez mais presente na psicologia e na medicina psiquiátrica, mostrando resultados em tratamentos contra o transtorno obsessivo-compulsivo, a ansiedade, na prevenção e recaídas depressivas, e no tratamento de dependências. Trazido para o mundo da psicologia pelo professor de medicina americano Jon Kabat-Zinn, ele enfatiza que “o mindfulness mesmo sendo desenvolvido baseado em práticas budistas não está ligado a nenhuma prática religiosa, podendo ser praticado por pessoas de qualquer cultura, religião, ou sistema de crenças. É a aplicação de uma técnica que busca a redução do estresse”.
Segundo a psicóloga Sabrina Costa (CRP-03/3282), “a meditação não tem a intenção de controlar nada, mas sim de estar conectado a si mesmo. Além da diminuição do estresse, é comprovado que a prática gera um aumento de neurotransmissores e hormônios ligados ao prazer e ao bem-estar, ativa partes do cérebro que favorecem a memória, concentração e intuição, melhora os hábitos alimentares e os relacionamentos”.
A prática também está sendo utilizada em clínicas e hospitais, mostrando resultados em tratamentos contra a insônia, controle da dor crônica, controle da angústia em face de alguma doença crônica (como cânceres).
LIMITAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
O mindfulness não é usado para curar condições médicas agudas que requerem medicação e/ou tratamento psicoterapêutico como depressões de fase aguda, distúrbios bipolares, distúrbios psicóticos (delírios, alucinações). A prática também deve ser evitada para pessoas
que sofrem de ataques de pânico relacionados a preocupações hipocondríacas. Fale com o seu médico e/ ou psicólogo para obter mais conselhos sobre a prática do mindfulness. O envolvimento em um programa requer motivação suficiente para uma prática diária de 45 minutos por 2 meses. Após esse período, a prática torna-se algo natural, proporcionando uma grande melhora na qualidade de vida.
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