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Transtorno mental que mais atinge a população mundial, a ansiedade causa sofrimento intenso e constante. A boa notícia? Tem cura!

A ansiedade pode ser uma resposta natural do organismo a um estado de perigo ou tensão, assim como o medo. No entanto, quando essa sensação é desproporcional a uma determinada situação, é persistente e traz prejuízos à vida do indivíduo, deve ser considerada como doença. Ter ataques de pânico, viver em constante estado de alerta ou se desesperar com a presença de um inseto não é normal. Portanto, busque socorro!

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade atinge cerca de 10 milhões de brasileiros. Síndrome do pânico, ansiedade generalizada, fobias específicas e fobia social são transtornos que fazem parte desse tipo de patologia. Entre as mulheres, 20% da população é acometida por esse mal, considerado o mal do século.

Aliás, o público feminino, pra variar, é o mais atingido. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, as mulheres tem o dobro de propensão à ansiedade em relação aos homens. E além de serem, normalmente, acometidas mais cedo pela doença, elas costumam ter sintomas mais graves e maior prejuízo funcional em suas vidas. Por outro lado, pesquisas apontam que as mulheres procuram muito mais cedo ajuda médica que o público masculino. Ponto para elas!

Help! You need somebody

De acordo com a psiquiatra Fabiana Nery, a ansiedade generalizada é o tipo mais comum desses grupos de transtorno, e se caracteriza pelo estado de tensão constante, preocupação excessiva, pensamentos pessimistas, catastróficos e ruminatórios - quando o indivíduo fica ruminando pensamentos, como o que fez e deixou de fazer ou como deveria ter feito, de forma compulsiva. Também é marcado por sintomas físicos como tremores, suor frio, dor de estômago e de cabeça.

Para diagnosticar esse tipo de transtorno é necessário fazer uma avaliação clínica, sobretudo ouvir o paciente. A especialista ressalta que, apesar de o próprio indivíduo poder perceber que há algo de errado no seu comportamento, também é fundamental a ajuda de amigos e familiares para incentivar a busca pelo tratamento. “Muitas pessoas convivem durante anos com esse transtorno sem ajuda. Acham que são assim mesmo, preocupadas ou ansiosas por natureza, e não acreditam que podem e precisam mudar”, declara.

Com exceção do pânico, o fato de se tratar de doenças que aparecem de forma insidiosa, ou seja, que se mostra de forma lenta e gradual, acaba tornando o diagnóstico mais tardio. As pessoas se acostumam com esse estado e até criam formas de “escapar” dos transtornos, mas evitando situações e limitando suas ações. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais e encarar o problema de frente!

 

Ataques de pânico 

Imagine ter a sensação de que pode morrer ou enlouquecer a qualquer momento? A síndrome do pânico também é um tipo de ansiedade crônica, marcada por ataques de pânico recorrentes, sem um desencadeante aparente. Tontura, dor de cabeça, tremor, suor, taquicardia também são constantes. “Os ataques podem ocorrer em qualquer lugar ou situação, até mesmo em casa”, destaca Fabiana Nery. 

Os sintomas ainda são associados ao medo constante de ter outro ataque! Isso leva a pessoa a restringir ou mesmo deixar de fazer coisas comuns do cotidiano, como dirigir ou sair de casa. O paciente com síndrome de pânico, quando sofre um ataque, ainda pode ficar com total incapacidade para pensar, desorientação no tempo e no espaço e perda temporária da noção do eu. 

 

Que medo!

As fobias específicas também são mais comuns do que imaginamos. As mais frequentes são em relação a altura, sangue e animais como sapos e baratas. No entanto, também existem algumas mais estranhas como o medo de cabelos e até de vômito! E não estamos falando de nojo, mas medo! Quem sofre de caetofobia, ou seja, pavor de pelos e cabelos, tem medo incontrolável de pessoas com grandes cabeleiras e chegam a contratar outra pessoa para lavar as suas próprias madeixas. Fobia de espelho, de vegetais e até de beijo também são reais!

Mas há um tipo de fobia tão específico, que ficou classificado em outro grupo, a fobia social. O medo extremo de falar em público é o sintoma mais comum. Mas não estamos falando de timidez! Algumas pessoas chegam a passar mal durante uma simples apresentação escolar e sofrem bastante dias antes do acontecimento em si, com pensamentos amedrontadores.

Essas pessoas acabam se tornando mais limitadas, por terem dificuldade em enfrentar situações sociais como festas, encontros ou mesmo um almoço familiar, com prejuízos na vida profissional e pessoal. E diferentemente da síndrome do pânico, por exemplo, que tem cerca de 70% dos casos decorrentes de fatores genéticos, a fobia social tem apenas 30% de casos ligados a esses fatores, o restante se deve a vivências complexas. Portanto, vale estar atento ao ambiente externo!

 

Vida que segue

Alguns tipos de transtorno são associados a outros, aspecto conhecido como comorbidade. A mesma pessoa que sofre de ansiedade generalizada, por exemplo, pode sofrer de transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Outro aspecto que deve ser levado em consideração são as pressões da vida moderna, com tanta informação, correria e exigências na vida pessoal e profissional, que acabam estimulando esses transtornos. 

O que temos que ter em mente é que a ansiedade é sim uma patologia, mas que é passível de cura! O tratamento para todos os tipos de transtornos de ansiedade é feito através da combinação de medicações e psicoterapia. A ajuda de um profissional pode mudar completamente a qualidade de vida do paciente, levando-o a retornar à vida normal. Por isso, cuide de si e dos seus e seja feliz!

 

 



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